Estudo mostra o potencial anti-idade da cannabis
A descoberta foi considerada um ponto de partida para entender melhor quais as maneiras de manter o cérebro mais saudável por mais tempo
Segundo um estudo publicado no ano passado, realizado pela Universidade de Bonn, na Alemanha, em parceria com a Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, o THC (tetrahidrocanabinol) é capaz de promover um efeito anti-idade no cérebro de animais.
De acordo com a pesquisa, o canabinoide da planta foi capaz de moderar a intensidade dos sinais de envelhecimento em camundongos utilizados na investigação.
Pesquisas anteriores já mostravam um efeito neuroprotetor da cannabis no cérebro. Os canabinoides parecem ajudar a proteger células nervosas, regulando o sistema imune através de receptores como o CB1 no encéfalo.
A descoberta foi considerada um ponto de partida para entender melhor quais as maneiras de manter o cérebro mais saudável por mais tempo, preservando a capacidade cognitiva e quem sabe até evitando o aparecimento de doenças da terceira idade, como Parkinson e Alzheimer.
O envelhecimento do cérebro
Com mais pessoas envelhecendo, a demência tem sido uma das principais preocupações da medicina. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o número de diagnósticos entre a população do mundo todo pode chegar a 139 milhões até 2050.
O Relatório Nacional de Demências, publicado em 2023, já estima que mais de dois milhões de pessoas são diagnosticadas no Brasil com Alzheimer.
O desgaste neuronal é associado diretamente à inflamação, por isso é importante se alimentar bem e se exercitar. Mas ainda assim, não é uma fórmula mágica de prevenção.
A ação da cannabis no cérebro
A cannabis funciona no organismo através do Sistema Endocanabinoide, que em nível molecular ajuda a restaurar a homeostase. Por meio de receptores CB1 no cérebro, os canabinoides podem promover uma maior proliferação de células neurais.
Fator que pode ajudar a estimular a produção de novas células cerebrais.
Em casos de Alzheimer, por exemplo, a cannabis tem o potencial de ajudar a diminuir a formação de placas beta-amiloides. Trata-se de proteínas associadas ao desenvolvimento da condição.
Sem contar que o THC pode ser bastante útil na amenização dos sintomas comuns associados ao Alzheimer, como ansiedade, agitação e problemas do sono, melhorando a qualidade de vida do paciente.