Polifarmácia: reduzindo os danos através da cannabis medicinal
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a polifarmácia refere-se ao uso rotineiro e simultâneo de quatro ou mais medicamentos (com ou sem prescrição médica) por um paciente, seja para tratar diferentes doenças ou controlar diversos sintomas.
Embora a prática da polifarmácia seja comum, especialmente entre idosos e pessoas com doenças crônicas, os riscos associados a esse fenômeno é uma preocupação contínua para os profissionais de saúde.
Enquanto o uso de medicamentos pode trazer benefícios significativos no tratamento de condições de saúde, os potenciais efeitos adversos decorrentes da combinação de diversas substâncias demandam uma análise cuidadosa e conscientização da população sobre as consequências dessa prática.
Nesse contexto, a cannabis medicinal tem despontado como uma possível solução, trazendo consigo um novo olhar sobre o potencial terapêutico dessa planta milenar para a redução de danos causados pela polifarmácia.
Consequências da polifarmácia
Muitas pessoas são acometidas por múltiplas condições médicas que exigem tratamentos farmacológicos específicos. Isso leva à prescrição de um maior número de medicamentos e a um cenário em que os pacientes acabam administrando uma verdadeira “farmácia” diariamente.
Porém, ao contrário do que parece, essa interação entre diferentes medicamentos pode afetar a eficácia dos tratamentos ou potencializar efeitos colaterais, muitas vezes de forma imprevisível.
A principal consequência de tal prática é o surgimento de problemas de saúde que antes não existiam e efeitos adversos como náuseas, tonturas, fadiga, insônia e até mesmo reações alérgicas. Ainda há o risco aumentado de intoxicações e overdoses acidentais quando a polifarmácia não é devidamente monitorada por profissionais de saúde qualificados.
Além disso, alguns pacientes podem enfrentar dificuldades em seguir corretamente a complexa rotina de administração de múltiplos medicamentos, resultando em erros na dosagem ou esquecimentos, comprometendo a efetividade dos tratamentos e agravamento dos problemas de saúde.
Embora a promoção de uma abordagem mais criteriosa na prescrição e acompanhamento dos tratamentos possa contribuir significativamente para a redução dos riscos, hoje existem outras alternativas clínicas que buscam aprimorar a qualidade de vida dos pacientes que necessitam de múltiplos medicamentos, como o uso medicinal da cannabis.
Redução da polifarmácia através da cannabis medicinal
A polifarmácia, muitas vezes necessária para tratar condições médicas complexas e crônicas, pode resultar em interações medicamentosas indesejadas e efeitos colaterais desconfortáveis, que podem agravar ainda mais a saúde do paciente.
Nesse cenário, a cannabis medicinal tem chamado a atenção devido aos seus canabinoides, compostos ativos com potencial terapêutico. O canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC) são os mais estudados e têm demonstrado efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, ansiolíticos e neuroprotetores, o que pode beneficiar pacientes com diversas condições médicas.
Ao incorporar a cannabis como parte de uma abordagem terapêutica mais abrangente, é possível minimizar a quantidade de medicamentos utilizados e, consequentemente, reduzir os riscos associados à polifarmácia.
Com abordagens baseadas em evidências e a devida orientação médica, a planta pode desempenhar um papel promissor no campo da medicina integrativa, oferecendo uma alternativa mais segura e eficaz para determinados pacientes.
Contudo, é essencial destacar que o uso da cannabis como alternativa à polifarmácia requer cautela e supervisão médica adequada, uma vez que cada paciente possui uma condição de saúde única e reage de maneira diferente aos tratamentos.
Além disso, as interações da cannabis com outros medicamentos também precisam ser consideradas.
A cannabis como ferramenta terapêutica
Em meio aos desafios da polifarmácia, uma abordagem terapêutica emergente tem chamado a atenção da comunidade médica: a Medicina Canabinoide.
A incorporação criteriosa da cannabis medicinal nos planos de tratamento tem demonstrado resultados promissores na redução dos efeitos colaterais da polifarmácia, além de proporcionar maior qualidade de vida para pacientes com dores crônicas, transtornos do sono e ansiedade.
Embora a pesquisa ainda esteja em andamento, a Medicina Canabinoide abre novas perspectivas para médicos e pacientes, fornecendo uma abordagem mais personalizada e eficiente para o manejo de condições complexas, com potencial para transformar a prática médica no futuro.
Pensando nisso, a Dr. Cannabis oferece o curso Cannabis Medicinal do Zero: Ciclo Básico, voltado para médicos e odontologistas que desejam incluir o uso medicinal da cannabis como ferramenta terapêutica no consultório. Saiba mais sobre o conteúdo programático e inscreva-se já!