Três doenças que podem ser tratadas com a cannabis que você não sabia
A cannabis medicinal tem ganhado destaque no Brasil nos últimos anos. Não só para o tratamento de epilepsia de difícil controle, mas também para uma série de condições médicas.
Tanto que, de acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira de Indústria de Cannabis (BRCann), o perfil de consumidores tem mudado. Hoje, a maioria busca o tratamento canábico para condições como doenças crônicas, Parkinson, ansiedade e até Alzheimer.
E isso não é nada. Segundo a empresa de dados Kaya Mind, os médicos brasileiros emitiram cerca de 16 mil receitas médicas para 44 especialidades diferentes nos últimos três anos.
Como a cannabis pode ser útil para tantas doenças?
Isso pode soar como charlatanismo, mas não é. Isso porque a cannabis funciona através do chamado Sistema endocanabinoide, um sistema que funciona à nível molecular e influencia boa parte do corpo humano.
Ele funciona assim: Os chamados canabinoides, substâncias produzidas pelo próprio organismo, encontram receptores e através deles ajudam a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções.
A cannabis também possui canabinoides, que podem agir de maneira parecida aos nossos, o que pode ser útil para restaurar algumas aquilo que não está indo tão bem.
Através deste sistema, a cannabis pode influenciar no humor, na memória, no sono, na fome, no sistema nervoso central e até no sistema imunológico. Por isso ela é tão eficaz no tratamento de doenças.
Condições tratadas com a cannabis que você não sabia
Por isso,selecionamos três tipos de problemas que provavelmente você não fazia ideia que era possível tratar com a cannabis.
1.Doenças vasculares
O CBD (canabidiol), uma das principais substâncias da cannabis, tem sido um grande aliado em condições cardiovasculares. O próprio youtuber Felipe Neto usou as suas redes sociais para falar sobre o assunto.
Em 2021 ele usou o Twitter para falar que a sua avó de 94 anos está fazendo o uso do CBD para o tratamento de problemas vasculares nas pernas.
Os estudos ainda são escassos e focam em algumas condições relacionadas a doenças vasculares individuais. Porém mostram a ação do canabinoide de forma positiva.
Algumas pesquisas têm mostrado que o CBD possui efeitos neuroprotetores, que são eficientes na contenção de danos às células.
Isso pode ser eficaz em condições como o AVC. O canabidiol pode proteger os neurônios e os astrócitos, o que pode levar a uma recuperação funcional.
Ou seja, por mais que o problema apareça, os danos serão menores, onde é possível recuperar as funções.
2. Endometriose
Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aproximadamente 10% das brasileiras sofrem com a condição. Principalmente com idades de 25 a 35 anos.
Só em 2020, pelo menos 6.531 mulheres foram internadas por problemas relacionados à endometriose, segundo o Ministério da Saúde.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cerca de 10% das brasileiras sofrem com a condição. Principalmente mulheres de 25 a 35 anos.
Só em 2020, pelo menos 6.531 mulheres foram internadas por problemas relacionados à endometriose, segundo o Ministério da Saúde.
Um estudo feito na Espanha pelo Laboratório de Neurofarmacologia da Universidade Pompeu Fabra, relata que o THC (tetraidrocanabinol) foi capaz de aliviar as dores e até limitar o desenvolvimento dos cistos causados pela doença.
Já a revista científica Journal of Molecular Endocrinology mostrou que o canabidiol tem um papel importante nos órgãos reprodutores femininos.
Segundo a publicação, estas substâncias podem regular algumas funções tais como a migração e a proliferação de células do endométrio.
3. Glaucoma
Desde a década de 1980, os tratamentos e procedimentos cirúrgicos para glaucoma têm melhorado o problema e diminuindo quase pela metade o risco de desenvolvimento de cegueira.
Por outro lado, o número de intervenções e medicamentos efetivos são limitados.
Estudos mostraram que o uso de cannabis pode aliviar os sintomas de glaucoma, pois ela ajuda a diminuir a pressão intraocular, sem contar com a sua ação neurodegenerativa.
Uma pesquisa de 1971 descobriu que a ingestão de cannabis reduz a PIO de 25% a 30%. Apesar de pesquisas mostrarem pontos positivos, poucos oftalmologistas apoiam o uso de cannabis para pacientes com glaucoma inicial ou intermediário.
De acordo com o professor Marcelo Maronezi, quando se consome cannabis, existe um aumento da pressão arterial e batimentos cardíacos.
O responsável por isso é o THC Após cerca de 5 a 10 minutos, a pressão e os batimentos cardíacos se normalizam, os vasos sanguíneos se dilatam e geram um aumento no fluxo sanguíneo, por isso os olhos ficam avermelhados.
É o que a faz um dos tratamentos eficazes contra o glaucoma.
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